O Departamento de Justiça dos
Estados Unidos apresentou um processo contra a aquisição
da empresa de mídia Time Warner pela de telecomunicações AT&T, alegando que
o acordo prejudicará os consumidores e a competição no mercado de mídia do
país.
As autoridades argumentam que a
AT&T poderá cobrar preços abusivos de seus concorrentes no negócio de
televisão a cabo por canais da Time Warner que ela receberá, como CNN e HBO.
Elas também afirmam que a AT&T pode usar o acordo para pressionar serviços
de streaming.
"A fusão prejudicará muito
os consumidores americanos. Ela significará contas de televisão mais caras todo
o mês e poucas opções de novas formas de mídia", afirmou o chefe da
divisão antitruste do Departamento de Justiça, Makan Delrahim.
Este é o primeiro caso antitruste movido pela administração do presidente Donald Trump e um dos poucos dos últimos anos a questionar a união de duas companhias de setores diferentes.
Este é o primeiro caso antitruste movido pela administração do presidente Donald Trump e um dos poucos dos últimos anos a questionar a união de duas companhias de setores diferentes.
O diretor-presidente da AT&T,
Randall Stephenson, disse que o processo "desafia a lógica" e que a
empresa o contestará na Justiça. "Eu já fechei diversos acordos na minha
carreira, mas nunca fiz um em que discordássemos tanto com o Departamento de
Justiça até mesmo nos fatos mais básicos", afirmou.
Anunciado em outubro de 2016, o
acordo previa que a AT&T pagaria US$ 85 bilhões pela Time Warner. Se
fechado, a operação tornaria a AT&T uma gigante no setor de mídia,
combinando serviços de banda larga e distribuição de conteúdo.
As ações das empresas recuaram
nas últimas semanas, diante do receio de que o acordo fosse bloqueado. Ontem,
os papéis da Time Warner caíram 1,14% na bolsa de Nova York e os da AT&T
subiram 0,34%.