O satélite está sendo fabricado nos EUA pela Orbital e Ariane Space. O lançamento, previsto originalmente para o início do ano, foi adiado para o segundo semestre porque um dos componentes eletrônicos não passou nos testes de qualidade e precisou ser fabricado novamente.
O atraso serviu para aumentar o interesse pelo Brasil, disse Tiago. A empresa vê que a demanda por banda larga é grande no país e não descarta novos investimentos com mais um satélite, ainda em estudo.
As turbulências no Brasil não impediram a empresa árabe de ingressar no país. "A Yahsat investe em locais muito complicados, então entende que o que está acontecendo no Brasil [Operação Lava-Jato] é uma limpeza necessária. A corrupção local era conhecida mundialmente, o que não acontecia era a correção", disse Marcio Tiago, diretor-geral para o Brasil
A empresa é controlada pelo Mubadala Development Company, fundo do governo árabe. Os dois primeiros satélites da Yahsat foram lançados em 2011 e 2012, com cobertura sobre Oriente Médio, África, Sudoeste da Ásia e parte da Europa.
O satélite Al Yah 3, que cobrirá Brasil e África, envolve investimentos de US$ 200 milhões em banda Ka, que permite oferecer acesso em banda larga com mais capacidade e preços menores que os proporcionados por outras bandas de satélite. A TIM confirmou que continua em vigor sua aliança com a empresa árabe para levar banda larga a regiões rurais e remotas.
Fabricante de antenas parabólicas, a Century tem uma rede com 75 distribuidores e 4,9 mil lojas com vendedores e instaladores que atendem a mais de 5,5 mil municípios, informa Ivan Cabral Freire Filho, diretor de varejo.
A Century iniciou sua produção no Brasil em 1996. Mas sua história começou em 1954, em São José dos Campos (SP), com a Eletrônica Rádio Luz. De 1976 para cá, Wagner Louis de Souza e seu filho Wagner Louis entraram no ramo de antenas convencionais e parabólicas. Hoje, têm uma fábrica na Zona Franca de Manaus, de partes eletrônicas, e outra em Cambé (PR), de antenas e cabos, diz Debora da Silva Siqueira, diretora administrativo-financeira da Century.
"O que chamou a nossa atenção foi o mercado de internet em crescimento", disse Freire Filho sobre a parceria. Em foco estão cidades com menos de 100 mil habitantes e pequenos e médios provedores de internet. "A banda larga é um serviço novo para nós, e nessas cidades pequenas a gente foge da alta competitividade com fibra [óptica] e grandes operadoras”.